
As reservas de seguros aumentaram 3,9 bilhões de francos em dois anos, divulga o conselheiro de Estado de Genebra, Mauro Poggia. Para ele, devemos centrar o debate nessas reservas.
O conselheiro de Estado de Genebra, Mauro Poggia, acredita que, quando se trata do seguro saúde, o debate deve agora se concentrar nas reservas acumuladas pelas seguradoras. “Esta é a grande luta” a travar. Hoje, os fundos dispõem de um colchão de 11 bilhões de francos.
As reservas das seguradoras aumentaram 3,9 bilhões de francos em dois anos, revela Mauro Poggia. Os fundos têm à disposição 4 a 5 bilhões de francos a mais do que o mínimo exigido por lei, acrescentou o magistrado, que chefia a secretaria de saúde. Além disso, alguns cantões, como Genebra, pagam mais do que custam.
A relação entre os seguros arrecadados no final do lago e os custos gerados pelos segurados em Genebra foi calculada para os exercícios de 2018 e 2019. Verifica-se que os fundos arrecadaram 97 milhões de francos a mais em 2018 e 80 milhões de francos a mais no ano passado, revela Poggia.
E para 2020, a situação não deve ser revertida. A epidemia de Covid-19 resultou no bloqueio de operações e na eliminação de consultas ambulatoriais, lembra o vereador de Estado. Os custos com saúde devem, portanto, ser muito menores do que o esperado. As reservas das seguradoras, portanto, continuarão a aumentar.
Um sistema perverso
O problema decorre de um sistema perverso em si mesmo, aponta Mauro Poggia. Todos os 31 de dezembro, “os contadores são colocados a zero”. Os venefícios dos seguros cobrados a mais de um ano não são usados para reduzir os seguros do ano seguinte.
Atualmente, a devolução aos segurados do excesso ganho pelos seguros é feita por conta das seguradoras. As coisas estão a começar a mudar em Berna, no entanto. O conselheiro federal Alain Berset está a propor uma mudança na lei que tornaria mais automática a restituição de indenizações, afirma Mauro Poggia.
Como solução para o problema, o conselheiro de Estadoe de Genebra está a fazer campanha para a criação de um fundo de reserva nacional de seguros que seria usado em caso de golpe duro. Por exemplo, este reserva de guerra poderia ser usado para pagar os testes da Covid, cuja conta, hoje, é acertada pela Confederação.
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